
Visão Integral
Pensar em crianças e infância, outrora, remetia-nos para dinâmica, barulho, sorrisos, correria, movimento… Infelizmente o cenário hoje é, tendencialmente, um pouco mais silencioso, inerte e sedentário, fruto do avanço e do acesso à tecnologia, e, do menor investimento de tempo e disponibilidade, dos pais e educadores, para acompanhar, estimular e supervisionar as actividades físicas.
A musculação infantil é ainda, nos dias de hoje, um tema tão polémico e intenso quanto nos anos 90, e a motivação está relacionada aos potenciais riscos e efeitos nocivos da modalidade no desenvolvimento e bem-estar de crianças e adolescentes.
Lamentavelmente, as inúmeras publicações científicas favoráveis, que relatam os benefícios, ainda não são efetivas para cumprir o papel de consciencialização e mudança cultural. A prática diz que há uma taxa de desistência quase inexistente, cenário bem diferente quando comparado com o que acorre em adultos.
Observamos, desde a história antiga, que o treino infantil esteve sempre presente; por exemplo em Esparta, na Grécia antiga, aos 7 anos os meninos eram retirados das suas casas para iniciar um longo processo de treino, para que se tornassem cidadãos do bem e guerreiros.
Mais para a atualidade, desde a década de 80 e 90 houve um crescimento significativo de estudos e publicações referentes ao treino de força para crianças e adolescentes, e hoje sabemos que as referências são de que esta população pode iniciar a modalidade por volta dos 5 ou 6 anos de idade.
A musculação infantil foi, inicialmente, introduzida nos desportos como coadjuvante na melhora da força muscular especificamente, e, posteriormente, foram constatados vários outros benefícios, tais como: redução da incidência de lesões, melhor rendimento em capacidades físicas ou gestos específicos de cada modalidade, como equilíbrio, agilidade, velocidade.
OUTROS BENEFÍCIOS E ESPECIFICIDADES DA MUSCULAÇÃO INFANTIL:
Em suma, o treino de musculação para crianças é descrito na literatura como sendo seguro, recomendável e pode ser bastante prazeroso, desde que bem orientado e supervisionado por profissionais capacitados.
Incentive a prática e permita que seja a criança a decidir em função do prazer e satisfação que a modalidade lhe proporcione.
Rotinas saudáveis na infância potenciam indivíduos adultos física e emocionalmente melhor adaptados!