Visão Integral
A ciência começou a pronunciar-se a respeito do treino de força no final da segunda guerra mundial e, principalmente, com fins militares. Talvez por conta disso a maioria dos estudos desenvolvidos na época, e dos que vieram à posteriori, foquem as suas análises em indivíduos do género masculino em idade militar.
No entanto, os benefícios deste tipo de treino são igualmente relevantes nas mulheres, das mais jovens às mais adultas.
Muitas são as diferenças entre os dois géneros, hormonais, fisiológicas, anatómicas, de força absoluta, de resistência muscular e á fadiga, na velocidade de recuperação e na razão força de membros superiores/inferiores; ainda assim, num treino personalizado e adaptado à especificidade de cada uma, estes aspectos são tidos em consideração com vista à obtenção do melhor desempenho e benefício resultante possível.
Ainda é reconhecido na mulher o medo de se desenvolver muscularmente tanto quanto um homem, medo esse que é desmistificado quando olhamos a relação da produção do hormônio testosterona em ambos os sexos, este é produzido pela mulher aproximadamente dez vezes menos que no homem; por este motivo o processo hipertrófico de uma mulher é sempre muito menos significativo.
Ao longo da vida da mulher, ter presente o treino de força significa que:
- Será uma criança mais activa, capaz e segura;
- Será uma adolescente mais autoconfiante e com condições a uma melhor saúde mental;
- Será uma adulta com mais responsabilidade para com o seu auto-cuidado, com ferramentas óptimas de preparação para o parto, maior probabilidade de uma gestação saudável, previsibilidade de um pós-parto mais breve, e vivência de menopausa com alívio dos sintomas característicos;
- Será uma adulta mais tardia com experiência em processo saudável de envelhecimento, com menos risco de quedas, manutenção da funcionalidade e redução da perda de massa muscular, consequentemente, melhor qualidade de vida!
Decida viver bem sempre, desde cedo e até mais tarde!
Por Juliana Anjo – Treinadora