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Psicologia
Prioridade à Saúde Mental: Procura de Ajuda e Bem-Estar

A saúde mental é um dos grandes focos da atualidade (e ainda bem, diria até ‘finalmente’). Esquecemo-nos com frequência de cuidar da nossa saúde mental e damos prioridade a outras questões mais palpáveis como prazos no trabalho, narizes a pingar e humidade nas paredes…

A busca por soluções imediatas na sociedade moderna

A forma como a nossa sociedade está estruturada causa em nós uma necessidade de soluções imediatas, remédios rápidos e facilitismos, porque ‘não há tempo a perder’. Além de que, quando falamos de doença mental, o estigma presente faz-nos imediatamente pensar em manicómios, pessoas inválidas e disfuncionais; e de repente a saúde mental passa para 2º plano porque poucos estão dispostos a pensar sobre o que sentem, com medo do rótulo de ‘maluquinho’. E, à custa deste atrasar da procura de ajuda, uma pessoa sofre muito além do que consegue expressar.

O silêncio do sofrimento e a necessidade de ajuda

Os casos de ansiedade, depressão e esgotamento aumentam todos os anos, sendo que estes últimos de pandemia, guerra e crise económica vieram escalar a situação. A maioria de nós anda agitado, angustiado, irritado, desmotivado e cansado…e ficamos assim porque ‘é normal e vai passar se não pensarmos muito no assunto’. Sofremos até o corpo decidir por nós que temos de pedir ajuda e aí sentimo-nos fisicamente doentes (com dores no corpo, enxaquecas, mal-estar do estômago, etc.).

O agravamento dos desafios na realidade atual

É importante relembrar alguns dados da OMS para estarmos cientes do que se passa na nossa sociedade: “A depressão é uma perturbação comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ela.” “O suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.” “Pessoas com condições graves de saúde mental morrem de forma prematura – até duas décadas antes – devido a condições físicas evitáveis.” “As perturbações mentais e neurológicas entre idosos representam 6,6% da incapacidade total nessa faixa etária.” “Aproximadamente 15% dos adultos com 60 anos ou mais sofrem de uma perturbação mental.”

O passo mais importante: Saiba procurar ajuda

Este é o momento certo para pedir ajuda. Sem importar há quanto tempo estamos no estado em que estamos; sem importar se já estivemos pior ou melhor; sem importar se conhecemos pessoas em ‘muito pior estado’…este é o momento em que a sua saúde se torna prioridade. Cuidar de nós é, também, partilhar o que sentimos, sabendo que temos alguém que nos escute e apoie neste caminho rumo ao bem-estar.

Por Sofia Medeiros - Psicóloga