"Se as pessoas à dor de hoje não acrescentassem a dor de ontem, nem a dor de amanhã, todas as dores seriam suportáveis."

Robert Hamerling

O transtorno da ansiedade caracteriza-se pelo “excesso de futuro na mente” e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), corresponde a um dos principais problemas de saúde mental a nível mundial.

Para uma pessoa ansiosa, viver no momento presente é algo que parece quase impossível. Estar constantemente (pré)ocupado com o que vem depois gera sentimentos de medo, angústia, frustração ou até mesmo antecipação de perigo que influem negativamente na qualidade de vida e, sobretudo, na saúde mental dos indivíduos.

A ansiedade pode provocar sintomas físicos incapacitantes e disfuncionais (como taquicardia, vertigens, falta de ar), podendo igualmente ser sentida em diferentes graus de severidade. Posto isto, urge identificar e tratar o mais precocemente possível os seus sintomas para que não evoluam para quadros mais dramáticos (como pode ser o caso da ocorrência de ataques de pânico, depressão associada, dependência de álcool ou drogas e até, em última instância, risco de suicídio).

Com o recurso à hipnoterapia identificam-se as causas da ansiedade patológica e disfuncional, trabalhando ao nível da mente inconsciente no sentido da ressignificação dos fatores que a despoletam, resolvendo, desse modo, não apenas o sintoma, mas (e muito importante) também a sua causa.

O paciente é induzido a um estado mental apropriado que lhe permite aceder à parte mais profunda da sua mente – o inconsciente.

Uma das propostas ao nível do trabalho com indivíduos ansiosos passa por auxiliar na criação e manutenção de ferramentas mentais que auxiliam no controle mental, emocional e físico (somatização). A pessoa aprende a gerir qualquer situação, empoderando-se. No fundo, deixa de ser controlada pelo que sente e passa, ao invés disso, a controlar.

Por Andreia Dias – Hipnoterapeuta